Esta é a frase mais emblemática do filme “O Caçador de Pipas”, inspirado no romance homônimo de Khaled Hosseini, a que assisti com os olhos marejados, assim como quando li o livro.
A narrativa, a exemplo de "Central do Brasil" e de muitas outras, tem como enredo a redenção. Uma traição faz com que dois amigos se separem. Vinte anos depois, um deles retorna ao palco onde tudo se passou, tentando corrigir os erros do passado.
A narrativa, a exemplo de "Central do Brasil" e de muitas outras, tem como enredo a redenção. Uma traição faz com que dois amigos se separem. Vinte anos depois, um deles retorna ao palco onde tudo se passou, tentando corrigir os erros do passado.
No entanto, o que me salta aos olhos é o tema da amizade inabalável.
A amizade que beira a fraternidade.
A amizade que tem sabor de eternidade.
A amizade que se mantém acima (ou abaixo) das convenções culturais ou até mesmo morais.
A amizade que se manifesta na generosidade e no serviço mútuos.
Que das alturas (ou seria do chão?) de nossa tradição cristã, tão rica, sussurra aos nossos ouvidos, a exemplo do Nazareno aos seus, “eu já não os chamo servos, mas amigos”.
A todos os que me leem, atenção: estou em busca de amigos. Quero também ser amigo.
Amigos de verdade.
Amigos em todo o tempo.
Amigos desinteressados.
Amigos desencanados.
Amigos leves.
Amigos pesados.
Amigos que eu veja muito.
Amigos que me vejam pouco, e que me amem sempre.
Amigos a quem eu possa socorrer em todo tempo, com disposição tamanha, como se fosse a única e a última vez.
Amigos que estejam dispostos a fazer por mim o que for necessário, mil vezes.
• Jorge Camargo, mestre em ciências da religião, é intérprete, compositor, músico, poeta e tradutor. www.jorgecamargo.com.br
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