Há uma dimensão planetária na Criação. Este nosso planeta – a Terra – nos descreve o primeiro capítulo do livro de Gênesis, era algo disforme, vazio, uma “face de abismo” coberta de trevas. Algo inóspito e inabitável. Mas, sobre o próprio vazio, sem vida, “pairava o Espírito de Deus”. Pela sua vontade e palavra tudo muda: há forma, luz e vida.
“Chamou Deus ao elemento seco terra, e ao ajuntamento das águas mares. E viu Deus que isso era bom”. O nosso planeta – a Terra – pois, é parte da Criação. Nela habitavam, com vida plena e harmonia – entre si e com o seu Criador – os vegetais, os animais e os seres humanos, que dela tiravam seu sustento, e que conversavam com o Senhor ao cair da tarde.
Há uma dimensão planetária também na Queda. A desobediência dos seres humanos, primícias da Criação, afeta a qualidade de toda a Criação. A estes sobreveio a fadiga como conseqüência do trabalho, a Terra, produzindo “espinhos”, se tornou em um espaço de alienação mútua entre minerais, vegetais, animais irracionais e seres humanos. Não somente estes, mas toda a Natureza caiu, toda a Natureza foi afetada pelo pecado, e destinada à morte: entropia moral-espiritual e entropia físico-biológica. A terra se enche de corrupção e de violência, e Deus a resolve destruir pelo Dilúvio. O Dilúvio é, por um lado, um “fenômeno natural”, e, por outro, um ato de Providência divina, purificador e recriador, com a nova Aliança com Noé e a sua descendência.
Os roubos, os estupros, as guerras, as explorações, a desigualdade, a fome, a tirania, a mentira, a idolatria vão se dando, por indivíduos, tribos e nações, sobre uma terra que vai produzindo vulcões, terremotos, maremotos, secas e pestes. A Terra e a História, com a pálida imagem da Criação, vão se tornando a própria imagem do Anti-Paraíso. Os portões do passado estão fechados, e guardados por um anjo com espada flamejante. A nós resta a Terra e a História para os Pactos, a Lei, e o cumprimento, no possível e no limitado, do Mandato Cultural, de povoar, cultivar, governar, criar e usufruir, com “a saudade do Paraíso”.
Há uma dimensão planetária no Messiado. A Providência nos anuncia a vinda de um Messias, na plenitude dos tempos. A Era Messiânica é associada com a recuperação da harmonia terrena original. Para o profeta Isaias “O lobo e o cordeiro se apascentarão, o leão comerá palha como o boi; e pó será a comida da serpente. Não farão mal nem dano algum...” (61:25). O culto correto e a prática da justiça marcarão o comportamento dos terráqueos do Pacto na Era Messiânica: “Porque como a terra produz os seus renovos, e como o horto faz brotar o que nele se semeia, assim o Senhor Deus fará brotar a justiça e o louvor perante todas as nações” (61:11).
Há, portanto, uma dimensão planetária na obra de Redenção operada pelo Messias, Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, enquanto isso, nas palavras do apóstolo Paulo “a natureza geme” na expectativa de sua redenção.
Pode-se bem falar da importância de uma disciplina que estuda o meio ambiente, a Ecologia, e de uma disciplina que estude o propósito divino e as relações humanas sobre o meio ambiente, no terreno moral e espiritual, já denominada de Ecoteologia. A desertificação, os aterros irracionais, o uso espúrio dos recursos de água, a destruição da camada de ozônio são pecados dos terráqueos para com a Terra. E, esta, também pecaminosa, responde com a sua força destruidora sobre os filhos da desobediência.
Foi uma cena chocante após outra. Um noticiário de televisão. A primeira cena a onda gigantesca do tsunami levando tudo de roldão. A segunda cena, ainda na Tailândia, os escombros das casas, os cadáveres, os órfãos. A Terceira cena, não muito longe dali, um espetáculo pornográfico, em uma casa de prostituição, tentava entreter os “clientes” ocidentais abastados, que haviam escapado da destruição. Esse conjunto pecaminoso é a realidade da terra.
Há, por fim, uma dimensão planetária na Escatologia, na consumação de todos as coisas, no Final dos tempos, na Pós-História, com o retorno do Senhor e a reconstrução da Criação ao seu projeto original. No meio das contradições, dores e pecados na era presente, que atinge a toda a natureza caída, a ser redimida e restaurada, nos movemos pela esperança da promessa escatológica: “E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já se foram o primeiro céu e a primeira terra, e o mar já não existe... E ouvi uma grande voz, vinda do trono, que dizia: eis que o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles” (Ap 2:1,3).
Enquanto o novo céu e a nova terra não vêm, vivamos na velha Terra e a História, as possibilidades, os riscos, as ameaças, as tentações e as vitórias, como Povo de Deus, transformados e transformadores, resgatando a obediência da correta mordomia de toda Criação.
Robinson Cavalcanti
“Chamou Deus ao elemento seco terra, e ao ajuntamento das águas mares. E viu Deus que isso era bom”. O nosso planeta – a Terra – pois, é parte da Criação. Nela habitavam, com vida plena e harmonia – entre si e com o seu Criador – os vegetais, os animais e os seres humanos, que dela tiravam seu sustento, e que conversavam com o Senhor ao cair da tarde.
Há uma dimensão planetária também na Queda. A desobediência dos seres humanos, primícias da Criação, afeta a qualidade de toda a Criação. A estes sobreveio a fadiga como conseqüência do trabalho, a Terra, produzindo “espinhos”, se tornou em um espaço de alienação mútua entre minerais, vegetais, animais irracionais e seres humanos. Não somente estes, mas toda a Natureza caiu, toda a Natureza foi afetada pelo pecado, e destinada à morte: entropia moral-espiritual e entropia físico-biológica. A terra se enche de corrupção e de violência, e Deus a resolve destruir pelo Dilúvio. O Dilúvio é, por um lado, um “fenômeno natural”, e, por outro, um ato de Providência divina, purificador e recriador, com a nova Aliança com Noé e a sua descendência.
Os roubos, os estupros, as guerras, as explorações, a desigualdade, a fome, a tirania, a mentira, a idolatria vão se dando, por indivíduos, tribos e nações, sobre uma terra que vai produzindo vulcões, terremotos, maremotos, secas e pestes. A Terra e a História, com a pálida imagem da Criação, vão se tornando a própria imagem do Anti-Paraíso. Os portões do passado estão fechados, e guardados por um anjo com espada flamejante. A nós resta a Terra e a História para os Pactos, a Lei, e o cumprimento, no possível e no limitado, do Mandato Cultural, de povoar, cultivar, governar, criar e usufruir, com “a saudade do Paraíso”.
Há uma dimensão planetária no Messiado. A Providência nos anuncia a vinda de um Messias, na plenitude dos tempos. A Era Messiânica é associada com a recuperação da harmonia terrena original. Para o profeta Isaias “O lobo e o cordeiro se apascentarão, o leão comerá palha como o boi; e pó será a comida da serpente. Não farão mal nem dano algum...” (61:25). O culto correto e a prática da justiça marcarão o comportamento dos terráqueos do Pacto na Era Messiânica: “Porque como a terra produz os seus renovos, e como o horto faz brotar o que nele se semeia, assim o Senhor Deus fará brotar a justiça e o louvor perante todas as nações” (61:11).
Há, portanto, uma dimensão planetária na obra de Redenção operada pelo Messias, Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, enquanto isso, nas palavras do apóstolo Paulo “a natureza geme” na expectativa de sua redenção.
Pode-se bem falar da importância de uma disciplina que estuda o meio ambiente, a Ecologia, e de uma disciplina que estude o propósito divino e as relações humanas sobre o meio ambiente, no terreno moral e espiritual, já denominada de Ecoteologia. A desertificação, os aterros irracionais, o uso espúrio dos recursos de água, a destruição da camada de ozônio são pecados dos terráqueos para com a Terra. E, esta, também pecaminosa, responde com a sua força destruidora sobre os filhos da desobediência.
Foi uma cena chocante após outra. Um noticiário de televisão. A primeira cena a onda gigantesca do tsunami levando tudo de roldão. A segunda cena, ainda na Tailândia, os escombros das casas, os cadáveres, os órfãos. A Terceira cena, não muito longe dali, um espetáculo pornográfico, em uma casa de prostituição, tentava entreter os “clientes” ocidentais abastados, que haviam escapado da destruição. Esse conjunto pecaminoso é a realidade da terra.
Há, por fim, uma dimensão planetária na Escatologia, na consumação de todos as coisas, no Final dos tempos, na Pós-História, com o retorno do Senhor e a reconstrução da Criação ao seu projeto original. No meio das contradições, dores e pecados na era presente, que atinge a toda a natureza caída, a ser redimida e restaurada, nos movemos pela esperança da promessa escatológica: “E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já se foram o primeiro céu e a primeira terra, e o mar já não existe... E ouvi uma grande voz, vinda do trono, que dizia: eis que o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles” (Ap 2:1,3).
Enquanto o novo céu e a nova terra não vêm, vivamos na velha Terra e a História, as possibilidades, os riscos, as ameaças, as tentações e as vitórias, como Povo de Deus, transformados e transformadores, resgatando a obediência da correta mordomia de toda Criação.
Robinson Cavalcanti
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