1ª) Encarar de frente?
Disse um dos nossos ministros: “É preciso encarar a realidade de frente”.
Nosso leitor tem razão. Eu também nunca vi alguém com “cara nas costas”. É impossível “encarar de costas”. Além de tudo, pode ser perigoso: vá que goste!!!
Nas transmissões esportivas, é muito comum ouvirmos: “o atacante tem de encarar de frente os zagueiros”. É um típico vício de linguagem. Basta encarar os zagueiros.
Se ENCARAR só pode ser de frente, temos aqui uma redundância ou pleonasmo.
2ª) Literalmente?
E o apresentador do programa, entusiasmadíssimo, afirmou: “Flávia Alessandra está literalmente botando fogo em Duas Caras”.
Pelo visto, nossa belíssima atriz é incendiária!!! “Botar fogo literalmente” significa “botar fogo no sentido real da palavra”.
Não é isso que o apresentador queria dizer. Na realidade a expressão “botar fogo” está sendo usada no sentido figurado, no sentido não-literal.
3ª) Onde está o erro na frase: “Há feitiços que, se usados antes de que esteja pronto, podem matá-lo”?
Tudo depende de quem é o sujeito de “esteja pronto”.
Se o sujeito for “ele” (oculto), a frase está correta: “Há feitiços que, se usados antes de que (ele) esteja pronto, podem matá-lo”.
Se o sujeito for “eles (os feitiços)”, a concordância está errada: “Há feitiços que, se usados antes de que (eles) ESTEJAM PRONTOS, podem matá-lo”.
4ª) Pouquíssimas pessoas ou ninguém pensaria OU pensariam nesta solução?
Quando o sujeito composto é ligado pela conjunção alternativa OU com valor de e/ou, a concordância é facultativa.
Alguns autores preferem a concordância do verbo com o núcleo mais próximo: “Pouquíssimas pessoas ou ninguém PENSARIA nesta solução”.
Outros preferem as vírgulas com concordância no plural: “Pouquíssimas pessoas, ou ninguém, PENSARIAM desta solução”.
Quando a conjunção OU apresenta a idéia de “exclusão”, o verbo concorda obrigatoriamente com o núcleo mais próximo: “Ou eu ou diretor DEVERÁ IR à reunião com os clientes”.
5ª) Ele nasceu em OU na Uganda?
Ele nasceu em Uganda.
Não há regra que determine o uso ou não de artigos antes dos topônimos (= nomes de lugares), por isso falamos O Brasil, O Egito, O Equador, O Paraná, O Rio Grande do Sul (com artigo masculino “o”); A Argentina, A Inglaterra, A China, A Bahia, A Paraíba (com artigo feminino “a”); Portugal, Israel, Uganda, Goiás, São Paulo, Brasília (sem artigo algum).
O artigo se consagra pelo uso. Isso explica alguns casos polêmicos (Recife ou O Recife) e algumas mudanças: As Minas Gerais – Minas Gerais, As Alagoas – Alagoas.
Devemos respeitar a forma mais usada: “Ele nasceu em Minas Gerais, em Alagoas, na França, no Tocantins, em Uganda”.
6ª) Lesionado OU lesado?
Tanto faz. Segundo o dicionário Houaiss, LESIONAR é sinônimo de LESAR (= causar lesão física). Assim sendo, quem sofre uma lesão está LESIONADO ou LESADO. É o mesmo que “ferido, contundido”.
O problema é que LESADO apresenta um segundo significado: “prejudicado em seus interesses”: “O empregado foi lesado, por isso requereu seus direitos na justiça”.
fonte: Blog do Professor Sérgio Nogueira
Disse um dos nossos ministros: “É preciso encarar a realidade de frente”.
Nosso leitor tem razão. Eu também nunca vi alguém com “cara nas costas”. É impossível “encarar de costas”. Além de tudo, pode ser perigoso: vá que goste!!!
Nas transmissões esportivas, é muito comum ouvirmos: “o atacante tem de encarar de frente os zagueiros”. É um típico vício de linguagem. Basta encarar os zagueiros.
Se ENCARAR só pode ser de frente, temos aqui uma redundância ou pleonasmo.
2ª) Literalmente?
E o apresentador do programa, entusiasmadíssimo, afirmou: “Flávia Alessandra está literalmente botando fogo em Duas Caras”.
Pelo visto, nossa belíssima atriz é incendiária!!! “Botar fogo literalmente” significa “botar fogo no sentido real da palavra”.
Não é isso que o apresentador queria dizer. Na realidade a expressão “botar fogo” está sendo usada no sentido figurado, no sentido não-literal.
3ª) Onde está o erro na frase: “Há feitiços que, se usados antes de que esteja pronto, podem matá-lo”?
Tudo depende de quem é o sujeito de “esteja pronto”.
Se o sujeito for “ele” (oculto), a frase está correta: “Há feitiços que, se usados antes de que (ele) esteja pronto, podem matá-lo”.
Se o sujeito for “eles (os feitiços)”, a concordância está errada: “Há feitiços que, se usados antes de que (eles) ESTEJAM PRONTOS, podem matá-lo”.
4ª) Pouquíssimas pessoas ou ninguém pensaria OU pensariam nesta solução?
Quando o sujeito composto é ligado pela conjunção alternativa OU com valor de e/ou, a concordância é facultativa.
Alguns autores preferem a concordância do verbo com o núcleo mais próximo: “Pouquíssimas pessoas ou ninguém PENSARIA nesta solução”.
Outros preferem as vírgulas com concordância no plural: “Pouquíssimas pessoas, ou ninguém, PENSARIAM desta solução”.
Quando a conjunção OU apresenta a idéia de “exclusão”, o verbo concorda obrigatoriamente com o núcleo mais próximo: “Ou eu ou diretor DEVERÁ IR à reunião com os clientes”.
5ª) Ele nasceu em OU na Uganda?
Ele nasceu em Uganda.
Não há regra que determine o uso ou não de artigos antes dos topônimos (= nomes de lugares), por isso falamos O Brasil, O Egito, O Equador, O Paraná, O Rio Grande do Sul (com artigo masculino “o”); A Argentina, A Inglaterra, A China, A Bahia, A Paraíba (com artigo feminino “a”); Portugal, Israel, Uganda, Goiás, São Paulo, Brasília (sem artigo algum).
O artigo se consagra pelo uso. Isso explica alguns casos polêmicos (Recife ou O Recife) e algumas mudanças: As Minas Gerais – Minas Gerais, As Alagoas – Alagoas.
Devemos respeitar a forma mais usada: “Ele nasceu em Minas Gerais, em Alagoas, na França, no Tocantins, em Uganda”.
6ª) Lesionado OU lesado?
Tanto faz. Segundo o dicionário Houaiss, LESIONAR é sinônimo de LESAR (= causar lesão física). Assim sendo, quem sofre uma lesão está LESIONADO ou LESADO. É o mesmo que “ferido, contundido”.
O problema é que LESADO apresenta um segundo significado: “prejudicado em seus interesses”: “O empregado foi lesado, por isso requereu seus direitos na justiça”.
fonte: Blog do Professor Sérgio Nogueira
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