Um amigo do interior de São Paulo me enviou uma correspondência eletrônica contendo um artigo , muito interessante, sobre oração. O articulista argumentava que orar é como estar com alguém querido num lugar aprazível, onde momentos de conversa franca e profunda alternam-se com significativos momentos de silêncio, e não essa prática moderna que transforma Deus no garçom que nos atende nesses lugares, uma vez que a oração se tem transformado num mero desfilar de pedidos, a maioria de cunho pessoal.
O texto, muito bem escrito, parecia sugerir que há formas adequadas de orar e de promover a comunhão com o Eterno. Acontece, porém, chamei a atenção de meu amigo, que não há formas seguras de orar, isto é, não é possível saber como o Altíssimo está julgando ou recebendo nossas orações. Deus olha para o coração. É um olhar só dele. Jesus ilustra isso contando-nos a história do publicano e do fariseu: um desfila suas qualidades, outro confessa seu estado de pecado. Jesus esclarece que o confessor desce justificado, enquanto que o outro sequer estava falando com o Pai, pelo contrário, falava de si para si mesmo. O que fazer, então? Precisa-se compreender que, na relação com a Trindade, tudo é pela fé. A gente segue as recomendações divinas e, pronto. Caso contrário, nós vamos nos tornar prisioneiros das sensações, sejam elas quais forem, podem ser as mais histriônicas ou as mais compenetradas, com cara de compreensão do mistério do encontro. São só sensações. O justo vive pela fé.
O que Deus diz sobre oração? Sigamo-lo. Se você está sofrendo ore, disse Tiago. Se está ansioso ore, lançando sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de você, disse Pedro. Ore sem cessar, disse Paulo. Ore em secreto, disse Jesus. Ore em nome de Jesus, disse o próprio Senhor. E isso não é um toque de mágica, é a certeza de que seja qual for a oração e o seu motivo, Deus só a recebe por causa do sacrifício de Jesus. Não tem a ver nem com a quantidade, nem com a intensidade. Só somos recebidos pelo Altíssimo por causa do sacrifício de Cristo. E só podemos falar com a Trindade se o fizermos sob o apadrinhamento de Jesus, só seremos recebidos se deixarmos claro que estamos ousando chegar até o Trono Eterno por causa do favor de Jesus, e que sabemos que só podemos ser recebidos por que o sacrifício de Cristo resolveu a pendência que os céus, com justiça, tinha contra nós. A oração não se sustenta em nenhuma forma, das mais populares às mais rebuscadas, das mais vulgares às mais recheadas de espiritualidade, de qualquer espiritualidade. Oração é uma questão de fé em Jesus, na eficácia de seu sacrifício.
Ariovaldo Ramos
O texto, muito bem escrito, parecia sugerir que há formas adequadas de orar e de promover a comunhão com o Eterno. Acontece, porém, chamei a atenção de meu amigo, que não há formas seguras de orar, isto é, não é possível saber como o Altíssimo está julgando ou recebendo nossas orações. Deus olha para o coração. É um olhar só dele. Jesus ilustra isso contando-nos a história do publicano e do fariseu: um desfila suas qualidades, outro confessa seu estado de pecado. Jesus esclarece que o confessor desce justificado, enquanto que o outro sequer estava falando com o Pai, pelo contrário, falava de si para si mesmo. O que fazer, então? Precisa-se compreender que, na relação com a Trindade, tudo é pela fé. A gente segue as recomendações divinas e, pronto. Caso contrário, nós vamos nos tornar prisioneiros das sensações, sejam elas quais forem, podem ser as mais histriônicas ou as mais compenetradas, com cara de compreensão do mistério do encontro. São só sensações. O justo vive pela fé.
O que Deus diz sobre oração? Sigamo-lo. Se você está sofrendo ore, disse Tiago. Se está ansioso ore, lançando sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de você, disse Pedro. Ore sem cessar, disse Paulo. Ore em secreto, disse Jesus. Ore em nome de Jesus, disse o próprio Senhor. E isso não é um toque de mágica, é a certeza de que seja qual for a oração e o seu motivo, Deus só a recebe por causa do sacrifício de Jesus. Não tem a ver nem com a quantidade, nem com a intensidade. Só somos recebidos pelo Altíssimo por causa do sacrifício de Cristo. E só podemos falar com a Trindade se o fizermos sob o apadrinhamento de Jesus, só seremos recebidos se deixarmos claro que estamos ousando chegar até o Trono Eterno por causa do favor de Jesus, e que sabemos que só podemos ser recebidos por que o sacrifício de Cristo resolveu a pendência que os céus, com justiça, tinha contra nós. A oração não se sustenta em nenhuma forma, das mais populares às mais rebuscadas, das mais vulgares às mais recheadas de espiritualidade, de qualquer espiritualidade. Oração é uma questão de fé em Jesus, na eficácia de seu sacrifício.
Ariovaldo Ramos
Um comentário:
Ariovaldo Ramos tem razão, porém penso que "a partir" de Cristo a intensidade tem muito significado, no que tange a sinceridade, a necessidade, a pureza e etc!
Abraços Fraternais!!!
Postar um comentário