1ª) A presidente OU a presidenta?
Tanto faz. Nossos dicionários registram as duas formas. A escritora Nélida Piñón, quando se tornou presidente da Academia Brasileira de Letras, sempre foi tratada e se referia a si como “a presidente da ABL”.
Cristina Kirchner, após ser eleita presidente da Argentina, faz questão de ser chamada de “presidenta”, porque, segundo ela, é mais feminino. A verdade é que na língua espanhola, como na língua portuguesa, as duas formas são corretas e aceitáveis.
2ª) Tiróide OU tireóide?
Tanto faz. As duas formas aparecem registradas nas edições mais recentes dos nossos principais dicionários. Não é, portanto, uma questão de certo ou errado. O que pode haver é uma preferência por uma ou por outra forma.
3ª) Em prol OU contra?
Afirmou o representante de uma ONG ao repórter da Tv Globo: “Nosso objetivo é continuar a luta em prol da desigualdade racial.”
Não acredito que ele dirija uma organização que lute a favor da desigualdade racial!!!
É lógico que ele queria dizer que sua luta é contra a desigualdade racial ou em prol da igualdade racial.
4ª) Cair OU não cair?
Confessou o capitão do time: “Nossa briga é para cair para a segunda divisão.”
Se fosse verdade, seria um caso de demissão por justa causa, por traição. O nervosismo após a derrota provocou a confusão. Faltou uma palavrinha muito importante: “Nossa briga é para NÃO cair para a segunda divisão” ou “para nos manter na primeira divisão”.
5ª) Fazer o reconhecimento do gramado?
Leitor questiona o uso da palavra reconhecimento.
O nosso leitor tem razão em parte. Se analisarmos o verbo reconhecer no sentido original, constataremos que RE+conhecer é “conhecer de novo”, logo só poderíamos reconhecer o que já conhecíamos. Assim sendo, se os jogadores estão entrando pela primeira vez naquele campo, não se trata de reconhecimento, e sim “conhecimento”.
O problema é que “reconhecimento do gramado” faz parte do jargão esportivo, do “futebolês”. É semelhante ao caso de “correr atrás do prejuízo”. Pode ser um absurdo, mas é perfeitamente compreensível por quem é do meio futebolístico.
Esse tipo de problema não deve ser tratado como um caso de certo ou errado. O que podemos discutir é se a expressão é adequada ou não em determinados contextos.
6ª) Repetir de novo?
Leitor critica um dos nossos comentaristas de arbitragens que teria dito: “O árbitro, acertadamente, mandou o atacante repetir de novo a cobrança do pênalti.”
Se fosse para o atacante cobrar o pênalti pela segunda vez, nosso leitor teria razão: repetir de novo seria uma redundância.
O problema é que o pênalti foi cobrado três vezes. Quando o árbitro mandou o atacante cobrar pela terceira vez, podemos dizer que o árbitro mandou repetir de novo a cobrança do pênalti.
Inaceitável seria dizer que “O Goiás repetiu três vezes a cobrança do pênalti”. Ou “bateu o pênalti três vezes” ou “repetiu duas vezes a cobrança do pênalti”.
fonte: Blog do Professor Sérgio Nogueira
Tanto faz. Nossos dicionários registram as duas formas. A escritora Nélida Piñón, quando se tornou presidente da Academia Brasileira de Letras, sempre foi tratada e se referia a si como “a presidente da ABL”.
Cristina Kirchner, após ser eleita presidente da Argentina, faz questão de ser chamada de “presidenta”, porque, segundo ela, é mais feminino. A verdade é que na língua espanhola, como na língua portuguesa, as duas formas são corretas e aceitáveis.
2ª) Tiróide OU tireóide?
Tanto faz. As duas formas aparecem registradas nas edições mais recentes dos nossos principais dicionários. Não é, portanto, uma questão de certo ou errado. O que pode haver é uma preferência por uma ou por outra forma.
3ª) Em prol OU contra?
Afirmou o representante de uma ONG ao repórter da Tv Globo: “Nosso objetivo é continuar a luta em prol da desigualdade racial.”
Não acredito que ele dirija uma organização que lute a favor da desigualdade racial!!!
É lógico que ele queria dizer que sua luta é contra a desigualdade racial ou em prol da igualdade racial.
4ª) Cair OU não cair?
Confessou o capitão do time: “Nossa briga é para cair para a segunda divisão.”
Se fosse verdade, seria um caso de demissão por justa causa, por traição. O nervosismo após a derrota provocou a confusão. Faltou uma palavrinha muito importante: “Nossa briga é para NÃO cair para a segunda divisão” ou “para nos manter na primeira divisão”.
5ª) Fazer o reconhecimento do gramado?
Leitor questiona o uso da palavra reconhecimento.
O nosso leitor tem razão em parte. Se analisarmos o verbo reconhecer no sentido original, constataremos que RE+conhecer é “conhecer de novo”, logo só poderíamos reconhecer o que já conhecíamos. Assim sendo, se os jogadores estão entrando pela primeira vez naquele campo, não se trata de reconhecimento, e sim “conhecimento”.
O problema é que “reconhecimento do gramado” faz parte do jargão esportivo, do “futebolês”. É semelhante ao caso de “correr atrás do prejuízo”. Pode ser um absurdo, mas é perfeitamente compreensível por quem é do meio futebolístico.
Esse tipo de problema não deve ser tratado como um caso de certo ou errado. O que podemos discutir é se a expressão é adequada ou não em determinados contextos.
6ª) Repetir de novo?
Leitor critica um dos nossos comentaristas de arbitragens que teria dito: “O árbitro, acertadamente, mandou o atacante repetir de novo a cobrança do pênalti.”
Se fosse para o atacante cobrar o pênalti pela segunda vez, nosso leitor teria razão: repetir de novo seria uma redundância.
O problema é que o pênalti foi cobrado três vezes. Quando o árbitro mandou o atacante cobrar pela terceira vez, podemos dizer que o árbitro mandou repetir de novo a cobrança do pênalti.
Inaceitável seria dizer que “O Goiás repetiu três vezes a cobrança do pênalti”. Ou “bateu o pênalti três vezes” ou “repetiu duas vezes a cobrança do pênalti”.
fonte: Blog do Professor Sérgio Nogueira
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