"A PM é o melhor remédio contra a dengue. Não fica um mosquito em pé. É o SBPM. O melhor inseticida social existente." Foi com esta metáfora que o coronel comandante do 1º Comando de Policiamento de Área (CPA) descreveu a operação na Vila Cruzeiro, que deixou nove supostos traficantes mortos, na terça-feira 15 de abril. O coronel identificou a ação da polícia com o combate à epidemia de dengue e comparou seres humanos com o mosquito Aedes aegypti, causador da doença que já vitimou mais de 52 pessoas, somente este ano, na cidade do Rio de Janeiro. Por trás da metáfora está uma proposta para o enfrentamento da violência urbana e o combate ao crime, a saber, o extermínio do criminoso.
A proposta do evangelho é absolutamente diferente. O chamado de Jesus Cristo ao arrependimento e à fé para a participação no reino de Deus que está entre nós implica um outro jeito de ser gente e ser sociedade, uma outra agenda para a prática da cidadania e a construção de uma sociedade justa e pacífica. A fé cristã parte do princípio de que o mal não existe enquanto ente em oposição a Deus, isto é, os cristãos não somos dualistas, não acreditamos que o mundo é palco onde duas forças iguais lutam entre si, o bem contra o mal. Nesse sentido, não cremos na existência do mal. Cremos sim na existência do malvado. O mal é resultado da ação de seres livres em rebeldia contra Deus. Não é possível destruir o mal sem destruir o malvado.
O evangelho afirma que Deus não tem prazer em destruir o malvado, mas escolheu redimir o malvado. A proposta cristã para o enfrentamento do mal é a conversão do malvado. É próprio da fé cristã confiar na possibilidade da transformação de todo e qualquer ser humano, conforme o testemunho de Paulo, apóstolo: "Dou graças àquele que me fortaleceu, a Cristo Jesus nosso Senhor, porque me julgou fiel, pondo-me no seu ministério, ainda que outrora eu era blasfemador, perseguidor e injuriador; mas alcancei misericórdia, porque o fiz por ignorância, na incredulidade; e a graça de nosso Senhor superabundou com a fé e o amor que há em Cristo Jesus. Fiel é esta palavra e digna de toda a aceitação; que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais sou eu o principal; mas por isso alcancei misericórdia, para que em mim, o principal, Cristo Jesus mostrasse toda a sua longanimidade, a fim de que eu servisse de exemplo aos que haviam de crer nele para a vida eterna. Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus, seja honra e glória para todo o sempre. Amém".
Seres humanos, por mais degradados que estejam, carregam em si a imagem e semelhança de Deus e, portanto, podem sim ser educados para novos patamares de vida. O evangelho implica a metanóia: expansão da consciência, transformação pessoal pela "renovação do entendimento" - "conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará; se pois o Filho do homem vos libertar, verdadeiramente sereis livres". Nenhum ser humano está condenado a ser o que se tornou, ou o que dele foi feito. Cada ser humano é responsável por responder à constante interpelação de Deus que convida para a vida de justiça e paz. Todo ser humano é responsável por enfrentar o mal sem destruir os malvados.
O protagonista da luta contra a segregação racial na África do Sul, Nelson Mandela, ensinou que "ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar". Gente não é bicho. Não é mosquito. Gente é encarnação das possibilidades infinitas do Deus que é Amor. Ser gente é aprender a amar.
A proposta do evangelho é absolutamente diferente. O chamado de Jesus Cristo ao arrependimento e à fé para a participação no reino de Deus que está entre nós implica um outro jeito de ser gente e ser sociedade, uma outra agenda para a prática da cidadania e a construção de uma sociedade justa e pacífica. A fé cristã parte do princípio de que o mal não existe enquanto ente em oposição a Deus, isto é, os cristãos não somos dualistas, não acreditamos que o mundo é palco onde duas forças iguais lutam entre si, o bem contra o mal. Nesse sentido, não cremos na existência do mal. Cremos sim na existência do malvado. O mal é resultado da ação de seres livres em rebeldia contra Deus. Não é possível destruir o mal sem destruir o malvado.
O evangelho afirma que Deus não tem prazer em destruir o malvado, mas escolheu redimir o malvado. A proposta cristã para o enfrentamento do mal é a conversão do malvado. É próprio da fé cristã confiar na possibilidade da transformação de todo e qualquer ser humano, conforme o testemunho de Paulo, apóstolo: "Dou graças àquele que me fortaleceu, a Cristo Jesus nosso Senhor, porque me julgou fiel, pondo-me no seu ministério, ainda que outrora eu era blasfemador, perseguidor e injuriador; mas alcancei misericórdia, porque o fiz por ignorância, na incredulidade; e a graça de nosso Senhor superabundou com a fé e o amor que há em Cristo Jesus. Fiel é esta palavra e digna de toda a aceitação; que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais sou eu o principal; mas por isso alcancei misericórdia, para que em mim, o principal, Cristo Jesus mostrasse toda a sua longanimidade, a fim de que eu servisse de exemplo aos que haviam de crer nele para a vida eterna. Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus, seja honra e glória para todo o sempre. Amém".
Seres humanos, por mais degradados que estejam, carregam em si a imagem e semelhança de Deus e, portanto, podem sim ser educados para novos patamares de vida. O evangelho implica a metanóia: expansão da consciência, transformação pessoal pela "renovação do entendimento" - "conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará; se pois o Filho do homem vos libertar, verdadeiramente sereis livres". Nenhum ser humano está condenado a ser o que se tornou, ou o que dele foi feito. Cada ser humano é responsável por responder à constante interpelação de Deus que convida para a vida de justiça e paz. Todo ser humano é responsável por enfrentar o mal sem destruir os malvados.
O protagonista da luta contra a segregação racial na África do Sul, Nelson Mandela, ensinou que "ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar". Gente não é bicho. Não é mosquito. Gente é encarnação das possibilidades infinitas do Deus que é Amor. Ser gente é aprender a amar.
Ed René Kivitz
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