09 março, 2008

Leonardo Boff e Chico Buarque

A utopia que nunca morre de que tudo é resgatável, de que nada está perdido difinitivamente, de que num futuro, por mais distante que seja, haverá uma reconciliação derradeira, de que seremos aconchegados num Útero acolhedor e de que, no fim, tudo vai dar certo, repousa na fé de que a criação e o ser humano são fundamentalmente bons, de que a luz, por mais bruxuleante que seja, é mais forte que todas as trevas juntas, de que a cooperação e a solidariedade são mais dignas e desejáveis que a competição e a concorrência, de que o criminoso e o arrogante não vão triunfar sobre sua vítima, de que, para dizer as coisas do fim, a vida tem a última palavra e não a morte. Tudo isso ganha força invencível com a fé naquilo que o Criador disse sobre cada coisa criada: "tudo é bom", e com referência ao ser humano: "tudo é muito bom".

Homenagem de Leonardo Boff a Chico Buarque de Holanda

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