Vivemos em um mundo frenético, em que as mudanças ocorrem em uma velocidade louca. Aquilo que era novidade na semana passada hoje pode estar defasado.
Não conseguimos nos habituar a isso. Precisamos, para suportar um pouco, de classificações e definições das coisas que mudam, ainda que tais definições e classificações sejam aleatórias e passageiras.
Quer um exemplo? Eu gosto muito de rock, é meu estilo musical favorito. Gosto de praticamente todas as vertentes dentro do rock. Mas é engraçado que aquilo que eu considerava como heavy metal há vinte anos hoje passa a ser classificado como hard rock. Aquilo que trazia desconforto para as igrejas hoje é suportável por se tratar não mais de um ritmo mundano, mas de um ritmo gospel.
Neste aspecto, fico pensando em como temos usado e abusado de rótulos para classificarmos uns aos outros. E o que é pior: aceitamos tais rótulos sem muito questionamento.
Durante o meu tempo de seminário, alguns pastores mais velhos do meu presbitério me alertavam, não sem um pouco de pavor na voz: “Cuidado com o que você vai ler! Cuidado com os liberais!”. Mas, para minha surpresa, li alguns autores ditos “liberais” e vi que eles eram mais consistentes com a doutrina bíblica do que os autodenominados “conservadores”.
Fui alertado, também, sobre outro mal: “Cuidado com o ecumenismo! Leva pro inferno!”. Mas na cidade onde desenvolvo meu ministério atual tenho grande afinidade com o padre, que posso afirmar, sem medo, se tratar de um homem de Deus. Vi que em nossa amizade há grandes possibilidades para a expansão do Reino.
E por aí vai. Podemos ser calvinistas (supralapsarianos e infralapsarianos) ou arminianos; carismáticos, pentecostais ou históricos; amilenistas, pré-milenistas ou pós-milenistas; pré, mid ou pós-tribulacionistas; cessionistas ou não; fundamentalistas ou liberais; ortodoxos ou pós-modernos.
Não conseguimos nos habituar a isso. Precisamos, para suportar um pouco, de classificações e definições das coisas que mudam, ainda que tais definições e classificações sejam aleatórias e passageiras.
Quer um exemplo? Eu gosto muito de rock, é meu estilo musical favorito. Gosto de praticamente todas as vertentes dentro do rock. Mas é engraçado que aquilo que eu considerava como heavy metal há vinte anos hoje passa a ser classificado como hard rock. Aquilo que trazia desconforto para as igrejas hoje é suportável por se tratar não mais de um ritmo mundano, mas de um ritmo gospel.
Neste aspecto, fico pensando em como temos usado e abusado de rótulos para classificarmos uns aos outros. E o que é pior: aceitamos tais rótulos sem muito questionamento.
Durante o meu tempo de seminário, alguns pastores mais velhos do meu presbitério me alertavam, não sem um pouco de pavor na voz: “Cuidado com o que você vai ler! Cuidado com os liberais!”. Mas, para minha surpresa, li alguns autores ditos “liberais” e vi que eles eram mais consistentes com a doutrina bíblica do que os autodenominados “conservadores”.
Fui alertado, também, sobre outro mal: “Cuidado com o ecumenismo! Leva pro inferno!”. Mas na cidade onde desenvolvo meu ministério atual tenho grande afinidade com o padre, que posso afirmar, sem medo, se tratar de um homem de Deus. Vi que em nossa amizade há grandes possibilidades para a expansão do Reino.
E por aí vai. Podemos ser calvinistas (supralapsarianos e infralapsarianos) ou arminianos; carismáticos, pentecostais ou históricos; amilenistas, pré-milenistas ou pós-milenistas; pré, mid ou pós-tribulacionistas; cessionistas ou não; fundamentalistas ou liberais; ortodoxos ou pós-modernos.
"Neste aspecto, fico pensando em como temos usado e abusado de rótulos para classificarmos uns aos outros. E o que é pior: aceitamos tais rótulos sem muito questionamento".
Hoje vejo que tais rótulos são fruto da mentalidade mercantil de nosso protestantismo. São definições humanas que, à luz da Bíblia, têm pouca serventia. O evangelho, afinal de contas, é para o grego, o judeu, o bárbaro, o cita, o circuncidado, o incircunciso, o escravo, o livre (Cl 3.11).
Creio que posso aprender e crescer com o meu irmão que pensa diferente de mim. Afinal, o histórico de vida dele é diferente do meu, e sua percepção de mundo também, o que pode enriquecer a minha cosmovisão.
Assim, posso ser calvinista e entender que o homem não é uma mera marionete nas mãos de Deus; amilenista, entendendo que a minha esperança bendita ainda está para se revelar; ortodoxo, sabendo que devo continuar aprofundando meus estudos na Palavra, pois minha mentalidade afetada pelo pecado não consegue alcançar todas as nuanças das coisas de Deus; conservador, sabendo que não entendo tudo de Deus; não-cessionista, alertando contra os pecados do abuso dos dons espirituais.
A única classificação que devemos aceitar sem reservas é a classificação que Deus colocou sobre nós, que é a de seus filhos amados, independente das nossas questiúnculas pseudo-teológicas. Para Deus, e no fim das contas para nós, é isso o que realmente importa. O resto são rótulos, que ficam bem em produtos de supermercado, mas não em filhos de um Pai amoroso.
Rodrigo de Lima Ferreira
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