08 junho, 2007

Nosso Maior Orgão - Michelson Borges

Você tem idéia de qual seja o maior órgão do corpo humano? Fígado? Não. Cérebro? Também não. Quem sabe o estômago? Errado de novo. É a pele. Isso mesmo – nos adultos, ela tem uma área de até dois metros quadrados. A pele é como uma espécie de “cartão de visita”: nenhum outro órgão do corpo deixa mais evidentes as marcas da passagem do tempo. Não é à toa que a indústria dos cosméticos investe tanto para tentar conter os efeitos danosos da idade sobre a pele.

Mas a pele é muito mais do que nossa fachada. Segundo matéria publicada na revista Veja de 22 de outubro de 2006, a pele “é um sistema orgânico que regula a temperatura do corpo, registra os estímulos agradáveis e a dor, impede a entrada de substâncias nocivas no organismo e o protege dos efeitos indesejáveis de certos tipos de radiação solar. Aparentemente inerte, ao contrário dos órgãos do corpo que pulsam, bombeiam e produzem sucos, a pele, quando exposta ao microscópio, revela um mundo surpreendente de movimentos e reações”.

Já pensou no fantástico mecanismo do tato? Quando você toca algo, imediatamente a pele dos seus dedos identifica a temperatura e a textura do objeto. E tudo graças aos corpúsculos de Pacini, Meissner e Krause, bem como outros receptores, que são as estruturas responsáveis pelo sentido do tato.

Existem aproximadamente dois mil corpúsculos de Pacini espalhados pelo corpo. E só num dedo há cerca de 75. É nanotecnologia de primeira!

Uma empresa que faz polimento de metais constatou que, no acabamento final, é preciso contar com uma mãozinha do homem (com o perdão do trocadilho). Isso porque somente a sensibilidade da palma da mão de uma pessoa treinada é capaz de detectar imperfeições sutis na superfície do metal.

“Não me vazaste como leite, e não me coalhaste como queijo? De pele e carne me vestiste, e de ossos e nervos me teceste” (Jó 10:10 e 11).

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